Onde o destino nos une - Raimundo Bernardo

Comecei, nessa mesma tarde, os preparativos para a aventura do dia seguinte. Arranjei uma corda grande, uma sachola e meia dúzia de velas de cera. Coloquei mantimentos no saco e arrumei tudo, junto ao muro do poço. Depois de jantar, fui o primeiro a ir para a cama. Queria dormir bem, para iniciar logo cedo a jornada até à mina.

A passo largo, em pouco mais de vinte minutos, cheguei à entrada coberta de mato. Fiz uma breve revista ao material, para ver se nada faltava. De vela na mão, entrei.

Para ver tudo melhor liguei a lanterna, agora os meus olhos não paravam de mirar tudo. A gruta ia aumentando de dimensão e, enormes estalactites pendiam da abobada, enquanto, no solo, também grossas estalagmites formavam uma floresta estranha.