Homo eroticus - Carlota Sayd Bomfim

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Autor: Carlota Sayd Bomfim
ISBN: 978-989-37-5415-3
páginas: 128
idioma: Português

Durante a glaciação, humanidade mal conhecia o Sol, com o degelo, o primitivo passou a conhecê-lo em toda a sua extensão e a compará-lo às outras grandezas, passou a admirar os céus, esteticamente, seria possível afirmar que eles não conheciam as estrelas, os planetas, a Lua e o Sol, porquanto os céus estariam sempre nublados com as nevascas? A descoberta da luz e do tempo performático da Primavera pelos primitivos deu-se comparativamente aos tempos da glaciação, tal fato, o da mudança de tempo, não passou despercebido, ao contrário, tal fato passou a representar um enorme afeto, devido à contingência da natureza, a sorte era tanta, na Primavera, que todos os frutos surgiam ao mesmo tempo, e a luz pulsante tratou de aparecer em focos, diferentemente da neve que se dava em flocos, nublando a visão, certo que focar o Sol teria sido deslumbrante, assim como ver as cores surgindo de uma vez, dessa forma, foi retirada a penumbra da atmosfera, o véu caiu e desnudou a face da Lua. Nisso, cria-se a memória do ambiente hostil de outrora, o Sol venceu a glaciação e a ventania, logo, os frutos que viriam a surgir depois da tempestade de neve, por certo, segundo uma possível lógica primitiva, seriam filhos do Sol, do mesmo modo, se a mulher engravidava, por certo, o fenômeno ocorreria por heliossexualismo, bem como ocorreria com os outros animais e vegetais, de sorte que não havia outra razão aparente.
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