Desde criança, acostumei-me a ver meu pai entre livros. Na verdade, aprendi com ele o prazer e o valor da leitura. Quem gosta de ler, em geral, sonha escrever. Meu pai não era diferente e aventurava-se quando em vez em contos que discutíamos animadamente.
Falecido precocemente, meu velho não pôde realizar o projeto de publicar seus contos. Anos depois, quase por acaso, reencontrei-os. Reler aquelas histórias causou uma sensação boa, de retomar as conversas da juventude... Foi então que veio a ideia: por que não publicá-los?
Organizei o material. Alguns contos estavam prontos. Outros, arrisquei finalizá-los. Com o tempo, fraqueza humana, fiquei ambicioso... E se incluísse algumas histórias minhas, lado a lado com contos de meu pai? Concretizar-se-iam, em livro, as conversas do passado e os “diálogos” do presente.
Nascia o projeto dos “Contos de Pai para Filho”. Então, acima de tudo esse livro faz-se carinho. Carinho, mas também homenagem de um filho que morre de saudades de seu pai...