A vida parece seguir rumos bem visíveis desde que nascemos. Mas e se você descobrisse que houve algo com o qual nunca imaginou e que influenciou muito a escolha de direções que talvez não fossem tomadas se soubesse a respeito? Afinal, até onde somos capazes de ir para atender a necessidade de nos sentirmos importantes?
Se sentir importante é uma manifestação natural do amor próprio, e toda vez que nos falta a porção ideal, buscamos avidamente compensações. Somos sedentos pelo reconhecimento e fazemos o impossível para obtê-lo. Mas o seu preço é justo? Até onde somos capazes de ir em nome da consideração pessoal?
O amor próprio reclama por reconhecimento, e mais se assemelha a um arco-íris que, mesmo se perseguido com admirável empenho, desaparece no exato momento em que é alcançado. Assim parece ser as nossas vidas, uma estrada interminável com promessas de inebriantes reconhecimentos em seus destinos.
Poderá mesmo uma taça de reconhecimento matar a sede da importância própria, se a viciante bebida já nos fez seus mais diletos reféns?
No fim, o amor próprio é aquele que se ilude com fantasias que pretendem ser atendidas por reconhecimentos tão impossíveis quão desconhecidos de seus alvos de desejo.