O que fazer quando alguém lhe disser que “agora fechou a jaula, ninguém mais sai”? E, ao longo de 12 meses a única certeza é: espere sempre pelo pior, pois ele vem mesmo. Durante esse tempo, tudo me surpreendia. Sem dúvida, a experiência mais engraçada, dolorosa e inacreditável que pude vivenciar; nunca mais passei por situações semelhantes. Mais de 300 jovens alistados, a maioria contra a sua vontade. Os poucos voluntários, logo nos primeiros dias, se juntaram ao grupo dos descontentes, ao perceberem as loucuras da dura rotina militar.
Simplesmente não desfrutávamos mais de nenhuma autonomia sobre nós mesmos. Tudo no Exército é no padrão; o quartel consegue ser tão rigoroso que chega a ser cômico. Existem regras até de como se portar quando estiver parado. Também há normas sobre como segurar os talhares, a caneca, o gorro, e quanto à maneira correta de levantar a mão. Também não é fácil cumprir todas as missões, ordens, normas e regras rígidas, ainda mais para mim, que nunca fui bom nisso. E, ao lado de outros desajustados, formamos aquilo que o sargento passou a chamar de “o pior pelotão da história”.
Assim, colecionando momentos que causam ataques de risos diante do imprevisível final, este livro traz uma leitura leve e surpreendente sobre fatos que somente no lugar mais incomum seriam possíveis de acontecer.