Juventude urbana

O terceiro ciclo da adolescência de Daniel, de 1972 a 1974, culmina com algumas etapas vencidas e a perspectiva de descortinar um mundo em transformação vindo a galope, com oportunidades surgindo e ensejando engajamento por conquistas de várias ordens. O primeiro ano trabalhando como office-boy pelas ruas centrais da cidade lhe propiciou conhecer a vida pulsante da metrópole e seus personagens incomuns. Em um fim de semana na casa de praia do primo, se expôs demasiadamente aos raios solares e padeceu em enfermidade dolorosa. Em gesto humanitário, apesar de questionável, ajudou um provecto colega de empresa a não ser demitido. Dentre os colegas de rua, perdeu um amigo vencido pelos perigos das drogas. O réveillon passado ao lado de Eliana resultou em sua primeira noite de amor com a formosa garota. No segundo ano, novamente socorreu o velho colega, por motivo de doença. Na companhia da namorada pulou carnaval no clube do bairro e viveu momentos de intensa alegria. Com a turma da rua foi conhecer o lançamento do rodizio de pizza e exagerou nas doses, o resultado: a segunda carraspana na vida. Em dia de galã foi assediado por quatro mulheres, que pediam algo de si. Por fim recebeu a notícia tão esperada, seria promovido. O terceiro ano começou com um passeio ao sítio do tio rico, junto com a namorada e o irmão, desfrutaram a valer. A mãe Sônia abriu a tão sonhada pequena empresa de costura. Em nova incursão a Santos, com os amigos da rua, rolou briga na pelada de praia, comilança na casa dos avôs de um camarada e um quase afogamento do irmão Dorival. Mais um integrante do grupo sucumbiu assassinado, dessa vez por excesso de valentia. O negócio da Sra. Sônia deu certo e dobrou de tamanho, exigindo que Daniel unisse forças com ela e doravante fosse cuidar da administração. Um bom futuro.